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segunda-feira, 19 de março de 2012

Parábola Das Festas Das Bodas



“Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas.  "O reino dos céus se assemelha a um rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, despachou seus servos a chamar para o festim os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram ir”. O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados: Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados; tudo está pronto; vinde às bodas. Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foi um para sua casa de campo, outro para o seu negócio. Os outros pegaram dos servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes. Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade. Depois, disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os que para ele foram chamados não eram dignos dele.
Ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas todos quantos encontrardes. Os servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa. Entrou em seguida o rei, para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não vestia a túnica nupcial, disse-lhe: Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial? O homem guardou silêncio. Então, disse o rei à sua gente: Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores; aí é que haverá prantos e ranger de dentes, porquanto, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos" (Mateus, 22:1 a 14).
Como  todas as Parábolas, está incutido nelas a doutrina moral passada por Jesus a vós vindo do Cristo. Jesus, Mestre emérito, recorria volta e meia a elas, porque era a melhor maneira de despertar o interesse dos ouvintes, pois era mais fácil assimilar e deter os ensinamentos, quando consolidado, isto é, materializado através de um enredo, do que quando ministrado de forma subjetiva.

Está claro que o Rei é o Supremo Criador, e o festim de bodas  simboliza o Reino dos Céus, cujo advento coube a Cristo manifestado por Jesus, a anunciar e preparar através do Evangelho. Os primeiros convidados são os hebreus, pois a eles é que foram enviados os primeiros emissários: Abraão, Moisés, Davi, Gedeão, Jefté, Samuel, etc., ou sejam, os profetas, anunciando-lhes a vinda do Messias, bem assim exortando-os a que se arrependessem de seus erros e se dirigissem de forma mais condizente com as Leis Divinas reveladas no monte Sinai. Porém a má vontade manifestada, por eles, à semelhança da parábola, leva  o Supremo envia-lhes o Mestre Maior, Jesus, a fim de lhes relembrar e aperfeiçoar aquelas Leis recebidas por Moisés ainda com resquícios bárbaros e  mais preocupados em conseguir vantagens puramente materiais (os hebreus aspiravam à supremacia política do mundo), escusaram-se de novo, sendo que alguns, enervando-se com tal persistência, não só repeliram a mensagem do Cristo, como ainda o ultrajaram e o sacrificaram na cruz. Continua a parábola, dizendo: "Diante disso, o rei enviou exércitos contra os
assassinos, que foram exterminados, bem assim queimados a sua cidade". O que aconteceu aos hebreus, posteriormente à crucificação de Jesus, todos o sabem, corresponde exatamente a esse trecho da narrativa: foram trucidados pelos romanos, e sua capital, Jerusalém, foi quase totalmente destruída. "Depois, mandou o rei convidar a todos quantos fossem encontrados nas encruzilhadas: “bons e maus", o que significa que o Evangelho seria pregado a todos os povos, pagãos e idólatras, e que estes, acolhendo a Boa Nova, seriam admitidos ao festim em lugar dos primeiros convidados, que se mostraram indignos dele .
Não basta apenas ser convidado, não é o bastante, não significa absolutamente nada se dizer membro desta ou daquela Igreja, deste ou daquele grupo para compartilhar do banquete celestial. Faz-se necessário, como condição expressa e indispensável, estar-se revestido da "túnica nupcial", isto é, possuir aquela pureza, mansuetude e bondade que caracterizam os verdadeiros cristãos.

 
Os impostores, os hipócritas  que vibram na imoralidade, na indecência, os belicosos, os que humilham, maltratam, defraudam e sacrificam seus semelhantes, os que vivem egoisticamente  para si, insensíveis às dores e às aflições do próximo, estes, ainda que convidados a participar das bodas, serão encontrados sem as "vestes" adequadas e, pois, não poderão permanecer entre os demais, sendo alastrados, lançados fora.
Eis porque disse Jesus: Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.